São tantas emoções – já dizia o cantor popular.
E experimentamos essas emoções no nosso corpo, não na nossa mente.
A emoção é antes de tudo um estado físico.
Não falamos do medo de ficar com o coração na boca? Ou da alegria de sentir o coração leve?
Existe uma ligação entre o cérebro e o coração. Uma ligação física
entre o nosso cérebro emocional chamado de límbico e o nosso coração.
A coisa funciona assim:
Temos um cérebro chamado cognitivo que é: educado, racional,
diplomático, controlador e um cérebro límbico: emocional, primitivo,
tipo homem das cavernas, que fica ali no fundo em guarda.
Quando ele percebe o perigo ou uma oportunidade excepcional, um
inimigo ou uma pessoa atraente, ele aciona o alarme, e em milésimos de
segundos ele cancela todas as operações e interrompe todas as atividades
do cérebro cognitivo.
E isso continua acontecendo hoje com o homem e a mulher modernos,
então nos descobrimos emotivos demais ou completamente irracionais.
Um ataque de ansiedade – o pânico – nasce desse jeito.
As imagens que vemos e os sons que ouvimos são o botão vermelho das nossas emoções.
Cuidado com as imagens que você deixa entrar e com as palavras e sons que penetram em você.
Por isso os mantras são tão importantes para acalmar esse cérebro selvagem.
Por isso contemplar a natureza é tão relaxante.
E não adianta pensar que você pode cultivar o controle de tudo
através do cérebro cognitivo, é como jogar lixo embaixo do tapete, uma
hora ele acaba aparecendo e aí o caos se instala. Importante é ter
inteligência emocional, desenvolvendo a harmonia entre esses cérebros,
meditando.
Meditar não é sair desse mundo. É entrar profundamente nele. É estar
presente como um sorriso interno. Respirando e conectando com nosso
coração no dia-a-dia. Pode ser num supermercado, no carro, no trabalho,
com nosso filhos, com nosso amor.
Dizem os budistas que podemos transformar emoções negativas em
virtudes. Que a energia da raiva é a mesma do amor, só que num polo
diferente. Que a energia da inveja é a mesma que a da admiração. Que a
energia do medo é a mesma que a da coragem. Que a energia da ignorância é
a mesma que a da sabedoria. É como uma alquimia, o nosso ouro interior
surge quando nos aceitamos sem críticas e confiamos na nossa natureza
pura, na nossa luz.
O segredo é aceitar nossa natureza que pode estar encoberta. Mas está
lá, sempre esperando por este momento. Quando você olha para dentro e
entende que é assim a complexidade da vida. E confia.
Fonte: thesecret.tv.br
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