Energias de Maio de 2014 por Jennifer Hoffman



Se você chegou até Abril e ainda está de pé e respirando, parabéns. Agora que passamos por estas energias (e elas foram muito poderosas), temos a oportunidade de nos alinharmos com elas, a partir de Maio.
O processo de transformação nunca é concluído em uma única etapa. É uma jornada de liberação, de recepção, de alinhamento e de integração.
Liberamos o velho para darmos espaço para algo novo, mudamos a nossa atenção quando criamos novas intenções, integramos novas energias quando o velho já não mais nos serve, e isto é uma contínua espiral de evolução e de ascensão.
Se pensamos que uma vez que Abril terminou, as coisas voltariam ao normal, estamos em parte aí.
Mas a jornada deu um grande desvio e a tendência atual já não se aplica.
Tudo foi agitado e agora precisamos decidir onde tudo isto se encaixa.
Abril foi um mês de energia muito elevada e em Maio poderemos iniciar a aplicação prática destas energias.
Observando isto de outra forma, se o que aconteceu em Abril o levou a limpar o seu armário emocional, psíquico e espiritual, então em Maio você começará a colocar tudo de volta no armário, menos aquelas coisas que agora você sabe que pode viver sem, que não quer mais, ou que não mais precisa.
Quais são estas coisas?
Qualquer coisa que não serve ao seu propósito para a sua vida neste momento.
Qualquer coisa que não esteja em alinhamento com a sua visão de si mesmo, com os seus próximos passos, e o seu futuro, no contexto do que você agora quer.
Qualquer coisa que não lhe dê ou que tire de você.
Qualquer coisa que o torne triste, infeliz, com que se sinta impotente, ou insatisfeito.
Em Maio poderemos olhar para a vida a partir da perspectiva do valor.
O Eclipse, em 29 de Abril, em Touro, acrescenta um novo elemento ao abalo que tivemos em Abril.
Antes de corrermos e começarmos a organizarmos as nossas vidas novamente, é o momento de fazermos uma revisão de valor.
Assim, muitas vezes, pensamos no valor como uma medida do que os outros pensam sobre nós – se eles gostam de nós, então nos sentimos valiosos e valorizados, e se eles não gostam, achamos que estamos errados.
Julgamo-nos com base em como os outros nos recebem e nos percebem e se eles valorizam o que nós lhes oferecemos.
Mas o valor é uma coisa muito subjetiva, porque valorizamos coisas que são significativas para nós.
O valor vai além do que é importante para você.
Ele descreve o que tem significado em sua vida, ou ao que você dá significado.
Você valoriza o amor, a paz e a alegria?
Você valoriza ser respeitado e honrado pelas pessoas em sua vida?
Você valoriza fazer um trabalho significativo que você gosta, ou vive em um lugar onde tem o apoio da comunidade, com pessoas energeticamente afins?
Se você não pensou nestas coisas por um longo tempo, ou se as colocou de lado, porque não sente que pode ou merece ter este tipo de valor em sua vida, Maio trará estas questões para você.
Você não pode exigir que os outros o valorizem, mas pode começar a se valorizar, o que irá estabelecer a energia para atrair tudo o que corresponda ao seu nível de valor próprio.
Isto pode significar que as pessoas e situações que não podem valorizá-lo, irão sair de sua vida.
Significa também que as coisas que podem se alinhar com o seu valor, entrarão.
Lembre-se: o que sai cria o espaço para o que está chegando e se usarmos a nossa intenção de maneiras poderosas, este processo pode ser imperceptível.
Por outro lado, você pode se sentir um pouco preso em Maio (ou continuar a se sentir preso, se é assim que você esteve se sentindo nos últimos meses), porque embora Marte siga direto (finalmente!), ele também fica perto do grau do eclipse durante a maior parte do mês.
Seu ângulo com o eclipse é chamado de inconjunto (150 graus), que, se você teve aulas de Astrologia Básica, sabe que é um ângulo desconfortável, como tentar colocar um pino quadrado em um buraco redondo.
Algo tem que mudar a fim de que o pino se encaixe, precisamos usar um pino diferente ou encontrarmos um buraco diferente.
Tudo isto é parte do processo contínuo da transformação em que estivemos durante vários anos e que muda em Maio, para criar a base para o seu sistema de valores.
Quando parecer que a energia está se movendo de novo em sua vida, completamente livre, o que poderá acontecer em Junho ou Julho, você terá estabelecido o seu valor próprio e estará preparado para se alinhar e se integrar com pessoas e situações que refletem  a sua nova base de valor.
Será que você sente que a cada vez que você muda de atitude, algo mais vem à tona?
Está esperando pelo sinal de que está “tudo livre”, para que possa se sentar e se tranquilizar?
Sente falta dos “bons e velhos tempos”, quando todos nós vivíamos na feliz ignorância destas coisas e a vida era mais previsível?
Ela não era realmente previsível, era apenas confortável, e era uma quantidade “conhecida”.
Estávamos no caminho do destino, onde tudo estava preparado para nós, de acordo com o nosso carma, e tínhamos bem menos opções.
Agora, estamos no caminho da criação, e embora o destino e o carma sejam um caminho, há muitos outros que podemos escolher.
Isto é, se estivermos dispostos a sairmos de nossa zona de conforto e seguirmos para a nossa zona de desconforto e estivermos preparados para nos valorizarmos o suficiente para acreditarmos que somos dignos de um maravilhoso valor e de experiências valiosas.
Porque, enquanto as opções estão disponíveis, ainda temos que escolhê-las.
Para facilitar a nossa decisão, a nossa zona de conforto se torna muito desconfortável, porque a nossa alma nos impele a nos transformarmos e, então, quando, finalmente, decidirmos nos libertarmos, entraremos no território desconhecido da criação, com o seu potencial ilimitado.
Este é o novo paradigma que viemos aqui criar, nossa missão e propósito para esta vida, e o legado que iremos deixar para as futuras gerações.
Em vez de esperarmos que “os bons e velhos dias” retornem
(porque eles não irão e realmente não queremos que eles retornem), vamos nos concentrar na paz, no amor, na abundância e na alegria que temos o poder de criar agora.
O que cada um pode fazer para ser a plena expressão da luz da Fonte que vocês são?
Este é o seu presente para si mesmo, para a Fonte, para a Humanidade e para o Universo.
Veja-se como digno, valioso, valorizado e tendo valor e você saberá exatamente o que fazer com as energias de Maio.







Beijinhos da Maria 

REFLEXÃO - O DIA EM QUE EU MORRI





Achei muito interessante este texto da Ligia Guerra. 

Estranho? Nem tanto. Se depois de ler esse texto você achar que ainda está vivo, ótimo!
Caso contrário, é bom repensar se ainda existe algum sopro de vida aí dentro. Vou contar como tudo aconteceu.
A minha primeira parcela de morte aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha. O mais estranho é que eu chamava isso de humildade. Nunca pensei na possibilidade do auto abandono.
Morri mais um pouquinho no dia em que acreditei em vida ideal, estável, segura e confortável.
Passei a não saber lidar com as mudanças. Elas me aterrorizavam.
Depois vieram outras mortes. Recordo-me que comecei a perder gotículas de vida diária, desde que passei a consultar os meus medos ao invés do meu coração. Daí em diante comecei a agonizar mais rápido e a ser possuída por uma sucessão de pequenas mortes.
Morri no dia em que meus lábios disseram, não. Enquanto o meu coração gritava, sim! Morri no dia em que abandonei um projeto pela metade por pura falta de disciplina. Morri no dia em que me entreguei à preguiça. No dia em que decidir ser ignorante, bulímica, cruel, egoísta e desumana comigo mesma. Você pensa que não decide essas coisas? Lamento. Decide sim! Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo, drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural ou financeira, você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.
Morri no dia em que decidi ficar em um relacionamento ruim, apenas para não ficar só. Mais tarde percebi que troquei afeto por comodismo e amor por amargura. Morri outra vez, no dia em que abri mão dos meus sonhos por um suposto amor. Confundi relacionamento com posse e ciúme com zelo.
Morri no dia em que acreditei na crítica de pessoas cruéis. A pior delas? Eu mesma. Morri no dia em que me tornei escrava das minhas indecisões. No dia em que prestei mais atenção às minhas rugas do que aos meus sorrisos. Morri no dia que invejei , fofoquei e difamei. Sequer percebi o quanto havia me tornado uma vampira da felicidade alheia. Morri no dia que acreditei que preço era mais importante do que valor. Morri no dia em que me tornei competitiva e fiquei cega para a beleza da singularidade humana.
Morri no dia em que troquei o hoje pelo amanhã. Quer saber o mais estranho? O amanhã não chegou. Ficou vazio… Sem história, música ou cor. Não morri de causas naturais. Fui assassinada todos os dias. As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos. Mas ainda assim foram decisões.
O mais irônico de tudo isso?
As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.
As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas. É dessas que me despeço.

Assinado,
A Coragem




Beijinhos da Maria